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É com satisfação que iniciamos este Blog para podermos discutir nossas dúvidas e conhecimentos acerca do Exame de Suficiência da Classe Contábil. Não possuimos verdades absolutas, assim pretendemos junto com vocês que se interessam pelo assunto, encontrar meios necessários para obetermos êxito no exame. Sem mais, aproveitem o blog e serão bem vindas críticas e sugestões.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Nós Trabalhadores e Consumidores é que Pagamos a Conta!


Mauricio Alvarez da Silva*

Nosso sistema tributário tem como característica uma alta taxação sobre o consumo e o trabalho, relegando a um plano secundário o capital que suporta uma pressão fiscal menor.

No tocante aos rendimentos do trabalho, temos a tributação através do imposto de renda das pessoas físicas, da contribuição para a previdência social e outras contribuições que incham o custo da folha de pagamento, causando, inclusive, problemas de competitividade para as nossas empresas.

Olhando pelo lado dos empregadores a carga tributária sobre a folha de pagamento pode superar a casa dos 35%. Vejamos como exemplo os estabelecimentos industriais, que são taxados com a contribuição patronal de 20%, o salário educação de 2,5%, o seguro acidente que pode superar os 3%, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço de 8%, as contribuições ao sistema “S” (SESC, SEBRAE, SENAI E SENAC) que equivalem a 3,10% e a contribuição para o INCRA, no percentual de 0,2% sobre a folha. Se não bastasse, os empregadores ainda arcam anualmente com a Contribuição Confederativa Patronal.

A sede do Governo é insaciável, além de taxar vigorosamente as empresas também direciona sua metralhadora tributária contra os rendimentos dos trabalhadores, os quais podem ser tributados pelo imposto de renda a uma alíquota de até 27,5%, além de uma contribuição previdenciária que varia entre 8% e 11%, de acordo com a sua faixa salarial. Nessa conta ainda deve ser considerada uma fatia do rendimento destinada aos sindicatos, através da Contribuição Sindical Compulsória, descontada em março de cada ano, e da Contribuição Confederativa cobrada quando da Convenção Coletiva.

Olhando isoladamente, a alíquota do IRPF no Brasil não é tão alta quando comparada a de países como Suécia, Dinamarca, Holanda, Grã-Bretanha, Áustria, entre outros, que chegam a tributar os respectivos rendimentos em mais de 50%. Mas isto não quer dizer que o brasileiro paga menos imposto, pelo contrário.

O que há no Brasil é uma maior diversificação de impostos e contribuições que somados se traduzem na 14ª maior carga tributária do planeta, um absurdo em função do pouco retorno que temos do estado. Para acessar a lista completa dos tributos clique aqui.

Pagamos tributos sobre praticamente tudo o que consumimos, mesmo que por vezes não percebamos isto, devido aos tributos estarem implícitos no preço dos produtos adquiridos.

Portanto, a indignação da classe média nessa época de prestar contas com o fisco é totalmente procedente e sincera. Neste período nos damos conta que uma parcela significativa dos nossos proventos, auferidos com muito suor, foi canalizada para financiar a ineficiente máquina estatal, sempre caracterizada por desmandos, desperdícios e, sobretudo, corrupção ativa em todas as esferas.

Por estarmos no pólo passivo, nossa única arma é conhecer e saber lidar com as questões fiscais que nos envolvem, direta ou indiretamente, de forma a amenizar os efeitos danosos da excessiva fúria arrecadatória do estado.

Para auto-estudo e aplicação prática, recomendo, dentre outras, as seguintes obras eletrônicas atualizáveis: 100 Ideias Práticas de Economia Tributária e Manual do IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física. Para obter algumas interessantes dicas de economia tributária no IRPF, clique aqui.

*Mauricio Alvarez da Silva é Contabilista atuante na área de auditoria independente há mais de 15 anos, com enfoque em controles internos, contabilidade e tributos, integra a equipe de colaboradores do Portal Tributário e é autor da obra Manual de Retenção do ISS.

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